A Compartimentalização Sedimentar de um Estuário do Nordeste Amazônico

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https://doi.org/10.25267/Costas.2023.v.3.i2.03
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Resumen

Os estudos sedimentológicos são a base para entender a contaminação ou a poluição de estuários, uma vez que as características sedimentares são responsáveis por controlar e governar a distribuição de metais e nutrientes no ambiente. Assim, nosso principal objetivo foi avaliar as características sedimentares do estuário do rio Mocajuba com base na dinâmica do depósito de sedimentos (ou seja, granulometria; hidrodinâmica e deposição de conteúdo de matéria orgânica e carbonato de cálcio). O estuário Mocajuba é dominado pela maré e está localizado na costa leste da Amazônia. A análise granulométrica, de cluster e de componentes principais foi realizada para classificar e identificar grupos sedimentares ao longo do estuário. Três grupos e dois ambientes (marinho e estuarinos) foram reconhecidos. O Cluster 1 representa o ambiente marinho localizado na foz do estuário, com predominância de sedimentos arenosos finos. Esse tipo de sedimento é fornecido pela plataforma continental, que forma bancos de areia e ilhas na foz do estuário. O
cluster 3 representa predominantemente o ambiente estuarino e ocupa o estuário acima, com sedimentos finos, maior porcentagem de matéria orgânica (MO) e carbonato de cálcio (CaCO3). O ambiente estuarino apresentou o maior percentual de sedimentos finos devido às grandes planícies de inundação da Amazônia, que possuem alta predominância de sedimentos finos. O estuário apresentou baixos valores de MO, principalmente associados ao sedimento siltosos e argilosos. O estuário de Mocajuba tem pouca influência de efluentes contaminantes e atividades antrópicas, portanto a MO é principalmente de fontes naturais. O carbonato de cálcio associado a partículas finas, MO, e estar localizado em um setor a montante do estuário é um cenário incomum. Normalmente, o CaCO3 é encontrado próximo à costa com sedimentos arenosos. Esta associação de CaCO3 com sedimentos finos confirma que a intrusão de maré atinge grandes distâncias no estuário, desenvolvida devido à hidrodinâmica local - a ação das marés aliada a baixa descarga do rio criando uma condição favorável para este processo.

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Rodrigues Pereira, D., Sampaio de Siqueira, A., Campos Peixoto, H. J., Costa, M., de Moura Monteiro, S. ., & Rollnic, M. . (2023). A Compartimentalização Sedimentar de um Estuário do Nordeste Amazônico. Costas, 4(1), 39–58. https://doi.org/10.25267/Costas.2023.v.3.i2.03

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