Entre a Pedra e a Onda: Legislação e Percepções da Extração de Perna perna dos Costões da Ilha de Santa Catarina

Número

Downloads

Article abstract page views:  81  

Info

Scientific article
87-105
Published: 09-04-2022

Authors

Abstract

The removal of shellfish (Perna perna) from de rocky shores for human consumption is a traditional activity in Santa Catarina Island (ISC), Florianopolis, Brazil, constituting a provisioning ecosystem service. This activity is originally linked to fishing and subsistence; however, it acquired commercial purpose after the 1980’s. After the 1990’s, shellfish started to be exploited as seeds for mariculture, increasing pressure on natural stocks. It is fundamental to know the aspects of the extraction of shellfish to manage this resource. This work sought to fill in the gaps in the knowledge on the extraction, the main points being the identity of the actors involved, the location of extraction sites and the legislation relating to the activity. As to describe the characteristics of this activity, a set of interviews took place with key members of the neighboring communities, experts in related fields, and with beach goers in eight locations in ISC. The legislation found covers several of the points required for the management of the activity; however, no indication of supervision by the competent bodies was found, nor the required licenses were issued. The stocks are located on the rocky stretches of the East side of the island and on the more exposed parts of the North shore. T he purpose of the mussels affected the capture method: mussels intended for commercialization was extracted by diving while mussels for own consumption were extracted from subaerial shores. All the extractors located were male and lived in Florianopolis, who favor summer months and extract only occasionally. The extractors believe that the amount of available P. perna has decreased, but the change of the source of mariculture seeds from rocky shores to artificial collectors decreased the pressure on said shores, but their rotation methods used are rudimentary. Failures in management, in rotation, in the issuing licenses, lack of supervision, and pollution are the main threats in maintaining the provision of service represented by mussels. This research subsidizes the decision making and serves as bases for other studies on provisioning services of the natural rocky coasts.

Keywords


How to Cite

Fonsesca Rech, T., & Garcia Scherer, M. E. (2022). Entre a Pedra e a Onda: Legislação e Percepções da Extração de Perna perna dos Costões da Ilha de Santa Catarina . Costas, 2(2), 87–105. Retrieved from https://revistas.uca.es/index.php/costas/article/view/9021

References

Aquini EN, Ferreira JF, Magalhães A. 1997. Distribuição e densidade de mexilhões Perna perna (bivalvia: Mytilidae) em estoques naturais na Ilha. In: Atas. ( ). p. 197–204.

Aquini EN. 1999. A influência da origem da semente no cultivo de mexilhões Perna perna (L.) / [Masters]. Universidade Federal de Santa Catarina.

Arana LV. 2000. Modos de apropriação e gestão patrimonial de recursos costeiros: Centro de Filosofia e Ciências Humanas. [accessed 2020 Jun 10]. https://core.ac.uk/display/45061658.

Archer RMB, Moretto E. 1994. Ocorrência de Vibrio parahaemolyticus em mexilhões (Perna perna, Linnaeus, 1758) de banco natural do litoral do município de Palhoça, Santa Catarina, Brasil. Cad Saúde Pública. 10(3):379–386. doi:10.1590/S0102-311X1994000300017.

Battaglia M. 2008. Nonprobability Sampling. In: Encyclopedia of Survey Research Methods. 2455 Teller Road, Thousand Oaks California 91320 United States of America: Sage Publications, Inc. [accessed 2020 Oct 15]. http://methods.sagepub.com/reference/encyclopedia-of-survey-research-methods/n337.xml.

Blanco CG. 2013 Mar 1. Macrofauna associada aos bancos de mexilhão Perna perna: padrões naturais, pressão de predação e o efeito da pesca. Aleph.:42 f.

Brasil. 1998. Lei no 9605. Diário Oficial da União.

Brasil. 2009. Decreto no 6.981. Diário Oficial da União.

Brasil. 2016. Decreto no 8.701. Diário Oficial da União.

Britto RA. 2012. Trabalho, família e amizade entre maricultores/as de uma associação do sul da ilha de Florianópolis: a AMPROSUL [Doctorate]. [Florianopolis]: Universidade Federal de Santa Catarina. http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96317.

Campolim MB, Henriques MB, Barbieri E. 2018. Al, Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb, and Zn in mussels collected in Santos bay, São Paulo, Brazil: limits required by local legislation. Bol Inst Pesca. 44(4):374. doi:10.20950/1678-2305.2018.44.4.374.

Casarini LM, Henriques MB. 2011. Estimativa de estoque do mexilhão Perna perna e da espécie invasora Isognomon bicolor em bancos naturais da baía de Santos, São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Pesca. 37(1):1–11.

Costa RL da. 2007. Prevalência de enfermidades e histopatologia de Perna perna (Mollusca) em Florianópolis/SC, Brasil. [accessed 2020 Jun 10]. https://core.ac.uk/display/30371780.

Daily GC, editor. 1997. Nature’s services: societal dependence on natural ecosystems. Washington, DC: Island Press.

Dalbosco R, Rodrigues AMT, Marenzi AWC, Occhialini DS. 2008. Caracterização dos bancos naturais de mexilhão Perna perna nos costões rochosos de Santa Catarina. In: Anais. Fortaleza. p. 3.

de Groot RS, Wilson MA, Boumans RMJ. 2002. A typology for the classification, description and valuation of ecosystem functions, goods and services. Ecological Economics. 41(3):393–408. doi:10.1016/S0921-8009(02)00089-7.

Dye AH. 1992. Experimental studies of succession and stability in rocky intertidal communities subject to artisanal shellfish gathering. Netherlands Journal of Sea Research. 30:209–217. doi:10.1016/0077-7579(92)90059-N.

Etikan I. 2016. Comparison of Convenience Sampling and Purposive Sampling. AJTAS. 5(1):1. doi:10.11648/j.ajtas.20160501.11.

Faroni-Perez L, Grillo A, Leite G, Segal B. 2015. Efeito da exposição a ondas e disponibilidade de recursos alimentares sobre a densidade e tamanho de Stramonita haemastoma (Mollusca: Gastropoda). In: Ecologia de Campo: Do Ambiente à Comunidade. Vol. 1. Imprensa Universitária. p. 101–111.

Fernandes WM. 1993. Crescimento do mexilhão Perna perna (Linné, 1758) (Mollusca: Bivalvia) em sistemas de cultivo suspenso fixo na região de Santo Antônio de Lisboa, Ilha de Santa Catarina [Masters]. [Florianópolis]: Universidade Federal de Santa Catarina.

Ferreira J, Magalhães A. 2004. Cultivo de Mexilhões. In: Aqüicultura - Experiências Brasileiras. Florianópolis. p. 221–250.

Florianópolis. 2008. Lei Complementar no 001/97.

Florianópolis. 2015. Lei Ordinária no 9737.

Galvão M, Henriques M, Pereira O, Marques H. 2005. Ciclo reprodutivo e infestação parasitária de mexilhões Perna perna (LINNAEUS, 1758). Boletim do Instituto de Pesca. 1(32):59–71.

Gosling E. 2003. Bivalve Molluscs. Oxford, UK: Blackwell Publishing Ltd. [accessed 2020 Jun 9]. http://doi.wiley.com/10.1002/9780470995532.

Helen S da S, Karin de M, Marília M, Clarissa B, Cleide RWV. 2016. Occurrence of Vibrio parahaemolyticus in oysters (Crassostrea gigas) and mussels (Perna perna) of the seacoast of Santa Catarina, Brazil. Afr J Microbiol Res. 10(33):1322–1327. doi:10.5897/AJMR2015.7873.

Henriques M, Marques H, Pereira O, Bastos G. 2018. Aspectos da estrutura populacional do mexilhão Perna perna, relacionados à extração em bancos naturais, na Baía de Santos, Estado de São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Pesca. 30(2):117–126.

Henriques MB, Marques HL de A, Barrella W, Pereira OM. 2001. Estimativa do tempo de recuperação de um banco natural do mexilhão Perna perna (LINNAEUS, 1758) na Baía de Santos, Estado de São Paulo. RHE. 1(2):85. doi:10.14295/holos.v1i2.1619.

Horn N. 2006. Ilha de Santa Catarina. In: Muehe D, Programa de Geologia e Geofísica Marinha (Brazil), editors. Erosão e progradação do litoral brasileiro. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente : PGGM-Programa de Geologia e Geofísica Marinha. p. 413–436.

Hueting R, Reynders L, Boer B de, Lambooy J, Jansen HMA. 1998. The Concept of Environmental Function and its Valuation. Ecol Econ. 25:31–35. doi:10.1016/S0921-8009(98)00011-1

IBAMA. 2006. Instrução Normativa no 105.

IBAMA. 2009. Portaria no 4.

IBGE. 2015. Cartas e Mapas. Conteúdo do diretório. ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/bases_cartograficas_continuas/bc250/versao2015/.

IBGE. 2017. Florianópolis. Território e Ambiente. [accessed 2020 Jun 26]. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/florianopolis/panorama.

INMET. 1991. Normais Climatologicas do Brasil 1960-1991. [accessed 2020 Jun 26]. http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisClimatologicas.

Instituto do Meio Ambiente. 2020. Balneabilidade do Litoral Catarinense. Histórico de Balneabilidade. [accessed 2020 Jun]. http://www.fatma.sc.gov.br/laboratorio/dlg_balneabilidade2.php.

IPBES. 2019. Summary for policymakers of the global assessment report on biodiversity and ecosystem services. Zenodo. [accessed 2020 Jun 2]. https://zenodo.org/record/3553579.

Jones CG, Lawton JH, Shachak M. 1994. Organisms as Ecosystem Engineers. Oikos. 69(3):373–386. doi:10.2307/3545850.

Jungerstam J, Erlandsson J, McQuaid CD, Porri F, Westerbom M, Kraufvelin P. 2014. Is habitat amount important for biodiversity in rocky shore systems? A study of South African mussel assemblages. Mar Biol. 161(7):1507–1519. doi:10.1007/s00227-014-2436-4.

Lage H, Jablonski S. 2008. A extração e a comercialização do mexilhão Perna perna na Baía de Guanabara, Brasil. Atlântica, Rio Grande ISSN 0102-1656, Rio Grande, Brasil. 30(2):161–170. doi:10.5088/atlântica.v30i2.1516.

Lasiak T, Dye A. 1989. The ecology of the brown mussel Perna perna in Transkei, Southern Africa: Implications for the management of a traditional food resource. Biological Conservation. 47(4):245–257. doi:10.1016/0006-3207(89)90068-2.

Lasiak T. 1986. The reproductive-cycles of the intertidal bivalves Crassostrea-cucullata (born, 1778) and Perna-perna (Linnaeus, 1758) from the Transkei coast, Southern-Africa. [accessed 2020 Jun 10]. https://core.ac.uk/display/20228368.

Lima LH de. 2010. Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura: Brasil 2008-2009. Brasília: Ministério da Pesca e Aquicultura.

Lourenço AJ, Ferreira V de M, Silva PP de O da, Rosa CA da R, Direito GM, Oliveira GM de. 2007. Evidência de depuração natural da toxina diarréica ácido ocadaico em mexilhões Perna perna (LINNÈ, 1758) cultivados em fazenda de maricultura na baía de ilha Grande, Angra dos Reis, RJ. Revista Brasileira de Ciência Veterinária. 14(2):91–94.

Magalhães ARM. 1998. Efeito da parasitose por trematoda buchephalidae na reprodução, composição bioquímica e índice de condição de mexilhões Perna perna (L.) / [Doctorate]. Universidade de São Paulo. [accessed 2020 Jun 10]. https://core.ac.uk/display/30386636.

Marques HL de A, Pereira RTL, Correa BC. 1991. Growth of mussels Perna perna [Linnaeus, 1758] in natural populations from Ubatuba shore, São Paulo State, Brazil. Boletim do Instituto De Pesca. 18(1):61–72.

Marques HLA. 1997. Criação Comercial de Mexilhões. Edição: 1a. São Paulo: Nobel. 111 p.

McQuaid C, Lindsay T. 2000. Effect of wave exposure on growth and mortality rates of the mussel Perna perna: bottom-up regulation of intertidal populations. Mar Ecol Prog Ser. 206:147–154. doi:10.3354/meps206147.

MMA. 2012. Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura: Brasil 2011. Brasília.

MPA. 2012. Portaria no 204.

MPA. 2005. Instrução Normativa nº 21.

MPA. 2012. Instrução Normativa no 7.

MPA. 2013. Portaria nº 175.

Paulilo MIS. 2002. Maricultura e território em Santa Catarina - Brasil. Geosul. 17(34):87–112.

Prudêncio R de S. 2003. Estudo numérico da circulação induzida pela maré na Baía de Florianópolis [Master]. [Florianópolis]: Universidade Federal de Santa Catarina. [accessed 2020 Jun 10]. https://core.ac.uk/display/30367162.

Rosa R de CC. 1997. Impacto do cultivo de mexilhões nas comunidades pesqueiras de Santa Catarina [Master]. [Florianópolis]: Universidade Federal de Santa Catarina. Santos AA dos, Giustina EGD. 2017. Síntese Informativa da Maricultura 2017. Florianópolis: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina.

Santa Catarina. 1994. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Difusão de Tecnologia - EPAGRI. Manual de cultivo do mexilhão Perna perna. Florianópolis: Sine Ed. 115 p.

Sauer-Machado KRS. 2006. Caracterização biológica dos costões rochosos de Penha, SC., p. 96-103.

Scherer MEG, Asmus ML. 2016. Ecosystem-Based Knowledge and Management as a tool for Integrated Coastal and Ocean Management: A Brazilian Initiative. Journal of Coastal Research. 75(sp1):690–694. doi:10.2112/SI75-138.1.

Seed R, Suchanek T. 1992. Population and communtiy ecology of Mytilus. In: Gosling E, editor. The mussel Mytilus: ecology, physiology, genetics and culture. Amsterdam: Elsevier. (Developments in aquaculture and fisheries science).

Severo CM. 2008. Pesca artesanal em Santa Catarina: evolução e diferenciação dos pescadores da Praia da Pinheira. [accessed 2020 Jun 9]. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/15012.

Siddall SE. 1980 Oct. A Clarification of the Genus Perna (Mytilidae). [accessed 2020 Jun 9]. https://www.ingentaconnect.com/content/umrsmas/bullmar/1980/00000030/ 00000004/art00008.

Silva NJR da, Reno SF, Henriques MB. 2009. Atividade extrativa do mexilhão Perna perna em bancos naturais da Baía de Santos, Estado de São Paulo: uma abordagem sócio-econômica. Informações Econômicas. 39(9):62–73.

Silva PM, Magalhães ARM, Barracco MA. 2002. Effects of Bucephalus sp. (Trematoda: Bucephalidae) on Perna perna mussels from a culture station in Ratones Grande Island, Brazil. Journal of Invertebrate Pathology. 79(3):154–162. doi:10.1016/S0022-2011(02)00026-5.

Souza RV, Petcov HFD. 2013. Comércio legal de moluscos bivalves. Florianópolis: Epagri Boletim Didático Report No.: 95.

Souza TB de, Silva BR da, Pereira RM, Aride PHR, Oliveira AT de. 2019. Artificial Selection and Size at First Sexual Maturity of Perna perna Mussels (Linnaeus, 1758) in Southeastern Brazil. Journal of Shellfish Research. 38(1):63. doi:10.2983/035.038.0106.

Spencer BE, editor. 2002. Molluscan Shellfish Farming. 1st ed. Wiley. [accessed 2020 Jun 9]. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/book/10.1002/9780470995709.

Wright R, Stein M. 2005. Snowball Sampling. In: Encyclopedia of Social Measurement. Vol. 3. Elsevier Inc.