Narrativas em foco: a agenda setting e os efeitos das notícias na figura do privado de liberdade

Número

DOI

https://doi.org/10.25267/Hachetetepe.2020.i21.3

Informação

Artigos
15-31
Publicado: 01-11-2020
PlumX

Autores

Resumo

O presente artigo tem como foco a construção das narrativas sobre os efeitos públicos da figura do preso disseminada ou tematizada em construções de narrativas jornalísticas,

in casu

, feitas pelo Jornal do Tocantins. Para tanto, procedeu-se com o levantamento de dados para robustez das discussões por meio de pesquisa

online

, que trouxe à baila questões envolvendo as notícias do veículo jornalístico de estudo, as percepções da sociedade e as possíveis consequências reflexas ao preso, permitindo materializar os objetivos que se baseiam em certos efeitos negativos das narrativas jornalísticas para as pessoas privadas de liberdade no Brasil.  Portanto, se trata de pesquisa quantitativa que se apoia em dados numéricos e no em tratamento destes por literatura específica e/ou de aprofundamento dos estudos de McCombs e Shaw que convergem para a atualização da discussão para o

locus

de pretensão (ambiente carcerário tocantinense). Em conclusão, se confirma que as pessoas pesquisadas são capazes de compreender o que se tem por liberdade de imprensa, seu exercício pelo Jornal do Tocantins, os direitos personalíssimos (imagem, privacidade, intimidade) do preso e consequências de certas narrativas que não prestam a devida atenção na eleição de valores-notícia, sendo um risco à credibilidade das atividades jornalísticas.

Palavras-chave


Downloads

Não há dados estatísticos.

Como Citar

Porto Junior, F. G. R., & Nascimento, G. A. C. V. R. (2020). Narrativas em foco: a agenda setting e os efeitos das notícias na figura do privado de liberdade. Hachetetepé. Revista Científica De Educação E Comunicação, (21), 15–31. https://doi.org/10.25267/Hachetetepe.2020.i21.3

Biografia do Autor

Francisco Gilson Rebouças Porto Junior, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (FACOM-UFBA), mestre em Educação pela Faculdade de Educação (PPGE-UnB) e graduado em Comunicação Social/Jornalismo, Pedagogia, História e Letras. Realizou estudos de pós-doutoramento/professor visitante nas Universidades de Coimbra (UC-Portugal), de Cádiz (UCA, Espanha), de Brasília (FAC-UnB) e UNESP (UNESP-SP). Atualmente é coordenador do Núcleo de Pesquisa e Extensão e Grupo Lattes Observatório de Pesquisas Aplicadas ao Jornalismo e ao Ensino (OPAJE-UFT) e do Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão Informação, Comunicação e Memória (INFO-UFT). É professor na Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Giliarde Albuquerque Cavalcante Virgulino Ribeiro Nascimento, Universidade Federal do Tocantins

Mestre em Comunicação e Sociedade, com projeto jurídico-comunicacional (PPGCom/UFT). Graduado em Direito (UFT).Pesquisador em direitos humanos e fundamentais, direito material, processual e de execução penal, políticas públicas e jurisdição para a educação no MERCOSUL

Referências

Araújo, C. A. (2008). A pesquisa norte-americana. En A. Hohlfeldt, L.C. Martino, y V.V. França, Teorias da Comunicação (pp. 119-130). Petrópolis: Vozes.

Alonso, L. S. (2016). O corpus documental em história oral: teoria, experiência e transcriação. Revista Observatório, 2(1), 54-75. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2016v2n1p54.

Almeida, J. R. (2016). História e oralidade nos estudos comunicacionais. Revista Observatório, 2(2), 47-58. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2016v2especial1p47.

Assembleia Legislativa do Tocantins. (2017). Diário Oficial, Ano XXVI, nº 2427 (pp. 3-4). Disponible en: http://al.to.leg.br/diario.

Barros Filho, C. (1995). Ética na comunicação: da informação ao receptor. São Paulo: Summus.

Bitencourt, C. R. (2016). Tratado de Direito Penal: parte geral. 12ª ed. São Paulo: Saraiva.

Demo, P. (1994). Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Ferreira, G. (2000). Aplicação da Pena. Rio de Janeiro: Forense.

Formiga, F. O. N. (2006). A Evolução da Hipótese de Agenda-setting. Disponible en: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp049726.pdf.

Foucault, M. (1975). Vigiar e punir: nascimento das prisões. Trad. Ramalhete, R. Petrópolis: Vozes.

Gerhardt, T. E. y Silveira, D. T. (2009). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Gil, A. C. (1991). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Lippman, W. (2008). Opinião pública. Petrópolis: Vozes.

Luo, Y. (2011). The internet and politics in China: the agenda-setting influence of online public opinion on media coverage and government policy. Disponible en: https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/2257/1133.

Martinez, M. (2016). Reflexões sobre Jornalismo e História Oral: um campo com mais convergências do que dissonâncias. Revista

Observatório, 2(1), 75-91. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2016v2n1p76.

Martino, L. M. S. (2010). Teoria da Comunicação: ideias, conceitos e métodos. Petrópolis: Editora Vozes.

Mccombs, M. (2004). A teoria da agenda: a mídia e a opinião pública. Petrópolis: Vozes.

Mccombs, M., y Shaw, D. (1972). The agenda-setting function of mass media (pp. 176-182). Public Opinion Quaterly.

Miotto, A. B. (2020). O direito penitenciário: importância e necessidade do seu estudo. Disponible en: http://www2.senado.leg.br .

Mirabete, J. F. (1996). Execução Penal: comentários à Lei, n. 7.210. São Paulo: Atlas.

Melo, A. S. E. (2017). Enquadramento histórico legal do processo de Bolonha e o seu impacto no sistema de ensino superior português. Revista Observatório, 3(6), 75-141. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p75.

Moio, I., Alcoforado, L. y Vieira, C. C. (2017). A declaração de Bolonha e o reforço da abertura do ensino superior a novos públicos: perceções de pessoas adultas que frequentam a Universidade de Coimbra. Revista Observatório, 3(6), 169-201. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p169.

Nunes, S. G., Porto Junior, F. G. R. y Moraes, N. R. de. (2017). Conhecimento e organização: indicativos pós-Bolonha de uma sociedade em construção. Revista Observatório, 3(6), 338-353. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p338.

Oliveira, E. (1997). Política criminal e alternativas à prisão. Rio de Janeiro: Forense.

Porto Junior, F. G. R. y Moraes, N. R. de. (2017). Formando pesquisadores pós-bolonha em portugal: relações entre a formação de graduação e o campo da pesquisa/investigação. Revista Observatório, 3(6), 202-228. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p202.

Reis, E. G. dos. (2017). O ensino superior em cabo verde e os desafios do processo de Bolonha. Revista Observatório, 3(6), 142-168. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p142.

Rovai, M. G. de O. (2017). HISTÓRIA PÚBLICA: a comunicação e a educação histórica. Revista Observatório, 3(2), 41-65. https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n2p41.

Secretaria de Cidadania e Justiça do Tocantins. (2018). Relatório de Gestão. Disponible en: https://central3.to.gov.br/arquivo/406567/ .

Secretaria de Cidadania e Justiça do Tocantins. (2018). Relatório com controle da População Carcerária. Disponible en: https://cidadaniaejustica.to.gov.br/institucional/institucional/relatorio-de-gestao-/.

Secretaria de Cidadania e Justiça do Tocantins. (2017). Plano de Adequação do Sistema Penitenciário do Tocantins. Disponible en: https://www.cge.to.gov.br/relatorios/prestacao-de-contas/relatorios-de-prestacao-de-contas-2017/secretaria-da-cidadania-e-justica---seciju-2017/secretaria-da-cidadania-e-justica---seciju-2017/.

Wolf, M. (2002). Teorias da Comunicação. Lisboa: Editora Presença.